quinta-feira, 2 de maio de 2013

Vagalumes


"Vou caçar mais de um milhão de vaga-lumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor,
Eu só quero amar você,
E quando amanhecer eu quero acordar
Do seu lado."

Pollo - Vagalumes (part. Ivo Mozart)



sábado, 27 de abril de 2013

Como esquecer?

"Como é que se esquece alguém que se ama?
Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que, nos custa mais lembrar que viver?
Quando alguém vai embora de repente como é que se faz para ficar só?
Quando alguém morre, quando alguém se separa, como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já não está lá?
As pessoas têm de morrer, os amores de acabar.
As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar.
Sim, mas como se faz?
Como se esquece?
Devagar. É preciso esquecer devagar.
Se uma pessoa tenta se esquecer de repente, a outra pode ficar ali presa para sempre.
Podem pôr-se processos e ações de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar na maior deprê da sua vida, mas não se pode despejar a pessoa de repente. Simplesmente porque elas não saem de lá. Estúpidas! ¬¬'
É preciso aguentar.
Sei que ninguém está disposto a isso, mas é preciso aguentar.
A primeira parte de qualquer cura é aceitar que está doente.
É preciso paciência.
Mas o pior, é que vivemos tempos imediatos, em que ninguém mais aguenta nada.
Ninguém aguenta a dor.
De cabeça ou de coração.
Ninguém aguenta estar triste.
Ninguém aguenta estar sozinho.
Tomamos conselhos e comprimidos.
Procuramos escapes e alternativas.
Mas a tristeza só há de passar, entristecendo-se.
Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrar esse alguém. Quem procura evitar o luto, o prolonga no tempo e o desonra na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada.
É uma dor que é preciso primeiro aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa, esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que chega a nos tirar até o juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados, se tivessem apenas o peso que têm em si: isto é, se os livrássemos da carga que lhe damos, aceitando que não tem solução.
Não adianta fugir da seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injeção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença do que morreu. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a cabeça, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais nós teremos que enfrentar depois. Fica tudo à nossa espera. Tudo se acumula na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte.
Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos de cerveja, depois são pagos amargamente com as lembranças que mais nos doem.
Mas o mais difícil de aceitar é que há lembranças e amores que necessitam do afastamento para poderem continuar.
As vezes é preciso exilar-se por um tempo, para que o amor possa continuar. Deixar de vê-lo, para ter vontade de ver depois.
As vezes a presença do objeto amado provoca a interrupção do amor.
É esta a complicação, o curto-circuito, a contradição que as vezes está ali presente, ali, na cara do coração, impedindo-o de continuar, e que nunca enxergamos.
As pessoas nunca deveriam morrer, nem deixarem de se amar, nem separar-se, nem esquecer-se, mas morrem e deixam e separam-se e esquecem-se. Custa muito aceitar que os mais velhos, que nos deram vida, tenham de dar a vida para poderem continuar vivos dentro de nós.
Mas é preciso aceitar.
É preciso aceitar.
É preciso sofrer, dar urros, murros na mesa, não perceber.
E aceitar.
Se as pessoas amadas fossem imortais perderíamos o coração.
Perderíamos a religiosidade, a paciência, a humanidade até.
Há uma presença interior, uma continuação em nós de quem desapareceu, que se ressente do confronto com a presença exterior. 
É por isso que nunca se deve voltar a um lugar onde se tenha sido feliz. Todos os lugares se tornam realmente feios, fisicamente piores, à medida que se enraízam na memória que guardamos deles no coração.
Regressar é fazer mal ao que se guardou.
Uma saudade cuida-se.
Nos casos mais tristes, como o meu, o jeito é separar da pessoa que causa essa saudade que mata por dentro. Continuar com a pessoa, ou apenas vê-la pode desfazer e destruir a beleza do sentimento. 
As pessoas que se amam mas não se dão bem, só conseguem amar-se bem quando não se dão. Repito: é complicado e contraditório, mas infelizmente é a verdade.
Mas a questão é: Como esquecer? Como deixar acabar aquela dor?
É preciso paciência. É preciso sofrer. É preciso aguentar.
Há Grandeza no sofrimento.
Sofrer é respeitar o tamanho que teve um Amor.
No meio do remoinho de erros que nos revolve as entranhas de raiva, do ressentimento, do rancor, temos de encontrar a raiz daquela paixão, a razão original daquele amor.
As pessoas morrem, magoam-se, separam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades. Para esquecê-las é preciso chorá-las primeiro. Esta é uma verdade tão antiga que espanta reparar em como ainda temos esperanças de contorná-la. 
Sofrer por não conseguir esquecer alguém que se ama, não é histeria, nem imaturidade, nem ignorância, nem fingimento. Sofrer por não conseguir esquecer alguém que se ama, só se torna histeria, só é imaturidade e ignorância e etc, quando nós, os modernos, os cools, os covardes, os que se dizem livres e independentes, os "tanto faz" e os anestesiados, fingem que nada está acontecendo, com medo de enfrentar a verdade.
Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há substitutos, não há calmantes, não há Ilhas Canárias, não há livros de poesia - só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar fôlego. 
Esta dor tem de ser aguentada e bem sofrida com paciência e fortaleza. Sair correndo desesperadamente ao encontro de outro alguém, seja quem for, é uma reação natural, mas não serve de nada e faz pouco de nós mesmos.
A mágoa é um estado natural.
Tem o seu tempo e o seu estilo.
Tem até uma estranha beleza.
Nós fomos feitos para aguenta-la.
Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amamos, de nos vingarmos delas... Mas isso não faz bem nenhum. Tudo isso conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada por ter sido apanhada na via pública, como um parasita de coração, uma peste inexterminável: uma saudade de pernas para o ar.
O que é preciso é igualar a intensidade do amor a quem se ama e a quem se perdeu.
Para esquecer é preciso dar algo em troca.
Os grandes esquecimentos saem sempre caros.
É preciso dar tempo, dar dor, dar com a cabeça na parede, dar sangue.
E mesmo assim, mesmo magoado, mesmo sofrendo, mesmo conseguindo guardar na alma o que os braços já não conseguem agarrar, mesmo esperando, mesmo aguentando como nunca achou que aguentaria, mesmo passando os dias vestida de preto, aos soluços, de joelhos, mesmo com muita paciência e muita má vontade, mesmo assim é possível que não se consiga esquecer nem um bocadinho.
Podemos nos esquecer quem nos vem à lembrança, aqueles de quem nos lembramos de vez em quando, com dor ou alegria, tanto faz, com tempo e paciência, aqueles que amamos com paciência, aqueles que amamos sinceramente, que partiram, que nos deixaram, vazios de mãos e cheios de saudades, esses doem e depois esquecem mais ou menos bem.
Mas e quando esse alguém está sempre presente?
Quando é tarde.
Quando já não se aguenta mais.
Quando já é tarde para voltar atrás, quando percebemos que há esquecimentos tão caros, que nunca se podem pagar.
Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar?
Aí está o sofrimento maior de todos.
O luto verdadeiro."

COMO ESQUECER - Texto de Miguel Esteves Cardoso, super adaptado por mim Mandy Brum.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Você me deixou ir...


Como é difícil esquecer uma pessoa que você ama...eu nunca tinha passado por isso na minha vida. Gostei de várias pessoas, tive namoros duradouros e felizes, sempre achei que fosse amor o que eu senti por eles, mas nesse momento vejo, não era. Nunca sofri tanto assim por alguém. Nunca chorei tanto por ter sido abandonada, ou por um rompimento de relacionamento.

O pior é que quando você acha que está começando a esquecer, sempre vem algo e te faz lembrar com toda força que você tem, todos os momentos juntos. Uma palavra, uma música, uma foto, um objeto, uma conversa. Não importa, vem sem você querer. E por mais que você corra, nunca você está longe o suficiente.

O sentimento de rejeição, se sentir renegada, dói...como dói. Quando essa dor vai passar? Estou tão cansada... exausta.

As palavras que você sussurrou para que só nós dois soubéssemos, lembra? Você disse que me amava! Então porque porque você teve que ir embora? Eu nunca pensei que teríamos um ultimo beijo. Nunca imaginei que acabaríamos assim.

E na última vez que nos vimos, você deixou ir embora a garota que com certeza foi a única até hoje que te amou incondicionalmente e verdadeiramente, você deixou essa garota ir embora e ela chorou por todo o caminho até chegar em casa.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Liar...


·         Ela queria-o... Ele não tinha certeza do que queria.
·         Ela sofria... Ele desaparecia do mapa.
·         Ela chorava noites e noites... Enquanto ele divertia-se.
·         Ela esperava-o... E ele não voltava.
·         Ela queria um relacionamento sério... Ele preferia “ficar”.
·         Ela demonstrava seus sentimentos... E ele parecia não se importar com eles.
·         Ela sorria para ele... E ele ria dela.
·         Ela acreditava em tudo o que ele dizia... E ele sempre a deixava só no final.
·         Ela iludia-se... E ele alimentava a ilusão dela.
·         Ela o esperava... Mas ele já estava em outra.
·         Ela o amava... Ele apenas gostava.
·         Ela tinha certeza que ia dar certo... Ele também tinha certeza: que ia dar errado.
·         Ela o queria para sempre... Mas ele só queria curtir o momento.
·         Ela entregava-se... Ele a evitava.
·         Ela achava que havia encontrado o “tal príncipe”... Ele apenas esperou o momento de dizer adeus.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Carta do meu inconsciente para mim mesma

Boa noite Mandy (ou será bom dia?),

Desculpa estar te escrevendo assim, tarde da noite, sem aviso. Mas tenho esperado muito por esse momento: o momento que eu me sentiria à vontade pra te dizer muitas coisas que guardo aqui, por anos seguidos. Estou me sentindo culpado, acho que demorei demais. Talvez por isso você tenha sofrido tanto. Não sei, minha pequena. De qualquer forma, me perdoe a aparente ausência. Nunca te abandonei. Nunca.
Bem... vamos lá... Não vou mais perder tempo! Vou ser direto, do jeito que você sempre gostou, ok?

Pra começar, você tem que entender, de um jeito ou de outro, que namoro, romance, casamento, ou seja lá o que for, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Lembra dessa típica conversa informal, que você já teve várias vezes?:

Você: - Ah, terminei o namoro...
Alguém: - Nossa, estavam juntos há tanto tempo! Que pena...Acabou.
Você: - É... não deu certo.

Lembra? Pois é...Então...Calma aí! Não deu certo? Claro que deu! Deu certo durante o tempo que durou. Só que acabou. Apenas isso, querida. E o bom da vida, é que você pode ter vários "amores", até achar o seu verdadeiro. Você não pode acreditar em pessoas que se completam. Precisa acreditar em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesma, como cobrar cem por cento do outro? Não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.

Bem... Eu poderia continuar aqui fazendo uma lista de comparações, mas com certeza você já entendeu, você é rápida e a essa altura já lembrou de alguns de seus relacionamentos e fez suas comparações.
O que quero dizer com isso, é que você nunca vai encontrar tudo que julga "bom" junto em uma só pessoa. O que você deve fazer é perceber qual o aspecto mais importante para você e investir nele.

A tal da "química" é um bicho traiçoeiro. Quando você tem "química" com alguém, pode ser o papai/mamãe mais básico que é uma delícia. E outras vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona.
Beijo...O beijo é MUITO importante... E se o beijo bate... Se joga. Se não bate... Bem... "Mais um Martini, por favor" e vá dar uma volta. 
Apesar que te conheço muito bem, e sei que você não costuma "ficar" atoa por aí.

Mandy, minha querida amiga, se ele não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa está com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama, garota. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão.

Tem gente que vivi  pulando de um romance para outro. Você sabe exatamente do que eu estou falando, não é? Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Você se sente tão horrível assim ao se olhar no espelho? Não faça isso com você mesma. Não faça isso com agente, por favor!
Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva , ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. Você precisa entender que nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse.

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Sai dessa, Mandy! E se alguém vier com este papo pro seu lado, corra!, afinal você não é terapeuta, e nem precisa ser! 
Perdoe minha sinceridade, mas se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casa!! Nem todo beijo é para romancear!
E nem todo sexo bom é para descartar depois... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim... quem disse que ser adulto é fácil?

Agora quero te fazer algumas perguntas, e quero que responda-as intimamente, só para mim.
- Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificada para melhor?
- Será que você é a "lembrança doida" na vida de alguém?
- Será que você já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum?
- Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas?

Bom... Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois perguntas são pontes que nos favorecem travessias.

Agora, que você já deve ter pensado pelo menos um pouco em tudo o que eu te disse, vou te dar um resumo curto e grosso de relacionamento. 
Costumo comparar relacionamentos à um comércio, onde cada um estipula o preço de sua mercadoria, no caso, seu coração, e estipula também o tamanho do seu capital (do amor que tem pra dar). Então suponhamos que uma pessoa tenha um determinado capital a fim de comprar uma certa mercadoria. Se ela sabe o valor de seu dinheiro há de procurar por uma mercadoria que valha exatamente aquilo que está disposta a pagar. E como todo bom comprador, tal pessoa não comprará nada que seja "falsificado" ou "barato demais", exceto se for um péssimo negociante.
Tal pessoa sabe que é melhor esperar até que a mercadoria desejada esteja disponível no mercado. Se ela não tiver pressa, vai procurar calmamente. Porém se estiver precisando com urgência e não souber avaliar devidamente a "mercadoria", corre o risco de tomar prejuízo, afinal existe tanta propaganda enganosa, não é mesmo?
Assim são as pessoas que procuram por um relacionamento afetivo. Sua moeda é o amor que trás no peito e a mercadoria que tanto busca é o coração de outro alguém, afinal... amor com amor se paga!
Em contrapartida quem tem a mercadoria pra vender, provavelmente não venderá para o primeiro que aparecer, a menos que tenha muita urgência... e está disposta a fazer um mau negócio pra não ficar com a "mercadoria estocada". Ela há de entregar a mercadoria (seu coração) somente para quem tiver capital afetivo suficiente para pagar o preço.
Assim fica fácil entender porque muitos relacionamentos não dão certo. Existem pessoas que investem "muito capital afetivo" e não tem o retorno desejado, e acabam comprando "gato por lebre"!
Outras se vendem por um preço muito abaixo do estimado, somente pra não ficar com a mercadoria encalhada, se deteriorando.
Deu pra sacar? Deu pra se encaixar aí? Tenho certeza que sim...

Me perdoe a sinceridade, novamente. Mas vou ter que dizer. Você já sabe, de qualquer forma. Você se faz de boba, de desinformada. Acorda, minha flor! Seu maior erro está em achar que seus relacionamentos serão "para sempre". Quem acredita demais, se decepciona demais... Logo, o que mais te frustra são os sonhos que acabam ficando pra trás, as promessas que nunca se cumprirão, os momentos que nunca mais irão se repetir, as palavras que nunca foram ditas. O abraço forte da despedida, o sorriso e o brilho nos olhos da chegada... O cigarro dividido no ponto de ônibus pouco antes do embarque... A roupa suja de terra depois de brincar de se jogar na grama.
E você sempre vê desabar os sonhos, desde os mais simples como a primeira carta de amor, até os planos mais complicados como os de casamento. E você sofre ao ter que rasgar à força os desenhos e as cartas recebidas. E ter que tirar a foto do porta-retrato, que você olhava todos os dias quando acordava. E você está sendo tão fraca, que você chora essas perdas até hoje! Escondida, no escuro do seu quarto. Você deixa o vazio ultrapassar seu interior e tomar conta de tudo a sua volta.
Ei....Acabou! Não há mais sentido em passar os dias riscando o calendário, nem em passar as noites vendo a lua. Você sabe que o telefone não vai tocar! Desculpa... mas ele não vai voltar.

Não é fácil pra ninguém. Partidas provisórias machucam, partidas definitivas nunca cicatrizam. E, pode desistir, porque não há tempo que cure, qualquer grão de areia que toque a ferida traz a tona a dor do início. E também não há distância que cure, porque pensamentos e lembranças vivem voando por todos os lugares, entrando na sua mente sem sua permissão, sem serem convidados, não importa aonde você estiver. Lamento não poder te ajudar nisso.
Seus sonhos podem adormecer por um tempo, e agora, talvez demorem para acordar. Te ajudarei para que eles não morram de vez. 

Você precisa acreditar que você é uma pedra preciosa, ainda um tanto bruta, porém lapidável. Seus relacionamentos anteriores foram capazes de te lapidar. Então, acredite naquela máxima que diz "feliz daquele que sofreu por amor". Sem balela, deixe a zuação pra depois, agora não! Com esses relacionamentos aprendemos a amar e ser amado. É a balança. Quando o amor pelo outro e por si estão diferentes, é hora de dizer "foi bom enquanto durou", não vale a pena tentar, você vai se machucar, a cicatriz é emocional e apenas adormece. Qualquer motivo, por menor que seja, pode despertá-la. Bem...minha florzinha, você muito bem disso, né.
Mas SEMPRE há esperança ok? Amores vão seguindo as estações, o que vai com os ventos da primavera, possibilita a chegada do amor que vem com o verão, e se for preciso, o amor de verão parte para que chegue o amor de outono. E se o amor de outono partir...sorte sua, minha querida...Ele não suportaria o frio, e o inverno sempre pedi alguém que te aqueça. E se depois do inverno você sentir necessidade de continuar o ciclo, então é recomeçar... 
Logo, logo o CARA CERTO chega. Calma, minha pequena. 
Você não pode exigir o amor de ninguém. Você só tem que das boas razões pra que gostem de você e te amem assim como você é. E o mais importante: tenha paciência, que a vida vai fazer o resto.
Cada vez mais, sua sabedoria está aumentando. Cada lágrima derramada, cada experiência amarga , só te tornou mais forte. Você consegue compreender agora? Você está quase pronta pra receber seu verdadeiro amor. Acredite em mim, ao menos dessa vez?

Aqui vai mais algumas coisas que eu quero que você guarde aí no seu coraçãozinho (prometo, são minhas últimas palavras): 

- Ignorar os fatos, do jeito que você faz, não vai alterá-los;
- Quando você planeja se nivelar com alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
- É o AMOR, e não o TEMPO, que cura todas as feridas;
- As oportunidades nunca são perdidas; alguém com certeza vai aproveitar as que você perdeu, então fica esperta!;
- Você não pode escolher como se sente, mas pode escolher o que fazer a respeito;
- Todos querem viver no topo da montanha, almejando as melhores coisas, mas eles não sabem que toda a felicidade e crescimento ocorre quando você está escalando-a; então não pare! continue sua escalada, garota!;
- Os seres humanos estão acostumados a direcionarem a responsabilidade de serem ou não felizes ao outro, e essa é a maior BURRICE do mundo. Sua felicidade depende somente e exclusivamente de você!;

É isso, Mandy... As coisas não tem sido fáceis pra nós dois, sempre que posso estou pronto pra te ajudar, mas você sabe, não posso interferir diretamente nas suas escolhas. Então, quando se sentir só, lembre-se de mim, por favor. Você será sempre minha princesinha.

Boas vibrações! Sempre!
De sua velha e aterna amiga,

Inconsciência



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pra quem não me conhece...



Eu facilmente me sinto ameaçada. Rejeitada.
É da minha natureza a defesa. Às vezes minhas garras arranham tão profundamente que as marcas nunca mais deixam de existir.
Não tolero que as pessoas "me tolerem", apesar de saber que é isso o que acontece o tempo todo.
Não costumo conviver bem com quem visivelmente nutre um interesse confuso por mim.
Não tolero hipocrisia, nem falsos moralismos, muito menos palavras soltas.
Elogios nunca deram muito certo comigo, e ultimamente um elogio pra mim soa tão superficial quanto um "bom dia" de um vizinho que nem sabe meu nome.

Posso parecer imprevisível, mas quem me conhece DE VERDADE (olá, mamãe e papai), sabem que sou previsível até demais.
Às vezes prefiro a solidão. Outras vezes prefiro estar com um estranho qualquer, do que "sozinha comigo mesma".
Às vezes me sinto destemida. Outras vezes tenho medo até de mim mesma.
Não gosto de punir ninguém, mas tenho costume de me punir. Sem platéia.
Sim, sou do tipo que sempre aceita o mínimo das pessoas, de bom grado, quando sei que o máximo me será negado.
E não, não sou do tipo de "muitos amigos". Já fui popular, muito popular. Na época da escola, mais precisamente no ensino fundamental. Todos me consideravam seu/sua "melhor amiga". A verdade é que nunca considerei ninguém assim.
Eu era legal. Agora sou mais legal. Mas parece que quando se é legal, as garotas intimamente te odeiam e os garotos, bem, esses fazem questão de sempre acharem que estou dando bola pra eles. Foi mal aí, meus garotos, mas eu só estou sendo legal.
Eu só tenho duas companhias fiéis, que sempre estiveram comigo, desde meus 14 anos: a insônia e minhas pílulas.

Sou contra o bullying. Sou contra toda e qualquer forma de pré-conceitos.
Sou contra gente sem caráter, que usa os outros para se promoverem de alguma forma.
Amo sorrisos sinceros, aqueles que iluminam o rosto de quem está sorrindo e faz com que seus olhos brilhem.
Amo a chuva, aquela que cai de repente, por entre os raios de sol, calma e silenciosa. 
Amo cachorros. Amo como suas patinhas parecem ter almofadinhas macias embaixo delas.
Amo ler. Amo o cheiro dos meus livros.
Amo dar presentes, especialmente os que foram feitos com minhas próprias mãos.
Amo minha família. Não é questão de laços consanguíneos, é MUITO mais pela convivência e a união.
Amo escrever. AMO.

Acredito em Deus. Tenho fé. Tenho esperança.
Acredito que a alma humana pode abrigar Deus e o "diabo". E, me desculpem a sinceridade, mas atrevo-me a dizer que ambos podem conviver harmoniosamente, desde que um não invada o espaço do outro.

Ninguém é 100% perfeito. E perfeição não é exatamente algo que sempre busquei.
Nada é 0 ou 1. Um meio termo sempre existirá para os sábios.
Pessoas calmas demais me deixam nervosa. Mas sei que minha inquietação também incomoda os outros.
Dizer que sei o significado da minha existência para cada um dos mortais que vivem e convivem comigo, seria prepotência da minha parte. O que posso dizer por ora, é que ainda estou descobrindo qual e onde é o "meu lugar"!

Eu descobri e tive que aceitar muito cedo a dor e a delícia da vida.
Me considero um perigo inconstante.
Por isso, não me prenda "nas possibilidades...". 
Nem em abraços, nem em beijos, nem em elogios, nem em SMSs, nem em "bom dia" ou "boa noite" pelo celular. Muito menos em flores ou em "eu te amo". 

Apenas me ofereça a verdade e serei mais feliz.

domingo, 28 de outubro de 2012

Me perdoem



Me perdoem por ser assim meio fria e distante, quando deveria ser calorosa e presente.
Me perdoem por não reconhecer teus esforços em me fazer feliz.
Me perdoem por tentar desesperadamente e não conseguir.
Por errar repetidas vezes achando veemente que estou correta.
Perdão pelo riso em vez do abraço. Perdoem-me pelo abraço quando tudo o que eu deveria fazer era me afastar.
Quando complico, me perdoem, mas a intenção é facilitar... sempre.